terça-feira, 14 de outubro de 2008

Escassez e poluição da água na Rússia

Texto original: Escassez e poluição da água

Uma das questões que hoje mais nos preocupam é a escassez e poluição da água. Embora 70% da superfície do globo terrestre estejam cobertos por oceanos, apenas 2,4% da água do planeta Terra é doce, e mais de três quartos estão congelados, principalmente nos pólos. Apenas um centésimo de 1% da água total está facilmente disponível para o homem.
Mais grave do que a escassez de água, como nos advertem os cientistas, é a poluição da água potável, um bem indispensável para qualquer vida que conhecemos. Os dados disponíveis sobre a poluição da água são alarmantes. Na Rússia, por Exemplo, o rio Volga e quase todos os outros rios estão contaminados por esgotos, efluentes industriais, pesticidas agrícolas, herbicidas e até despejos radioativos. O mar de Aral, na antiga União Soviética, considerado o maior mar interno, em razão de práticas de irrigação abusivas durante o regime comunista, está praticamente morto. Seu nível começou a cair a partir de 1960 e hoje não passa de um pequeno lago de águas altamente salinizadas, fadado a desaparecer nos próximos 20 anos, transformando-se um verdadeiro deserto de sal. É um triste Exemplo, um alerta para a humanidade. "É uma prova definitiva da rapidez com que uma catástrofe ecológica pode acontecer e de como é difícil revertê-la, uma vez desencadeada". Em outras partes da Europa a situação também é preocupante. No rio Reno, apesar das campanhas de despoluição, as espécies naturais de peixes estão desaparecendo.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Este texto foi publicado no dia 14/11/2007 às 11:05


Ministros da UE discutirão escassez de água em reunião informal

A escassez de água e a seca que já afeta alguns países do sul da Europa estão entre os principais assuntos da agenda da reunião informal de ministros do Meio Ambiente da União Européia que começa nesta sexta-feira (31) em Lisboa.
A reunião destacará a necessidade de que o problema de água adquira "dimensão européia", o que requer compartilhar experiências e uma posição comum nos problemas ambientais, segundo a presidência portuguesa da UE.
Portugal tentará concretizar a iniciativa da presidência anterior, da Alemanha, de adotar medidas energéticas e ambientais projetadas para reduzir a emissão de gases que intensificam o efeito estufa.
Lisboa quer dar continuidade aos planos alemães por meio de um conjunto de medidas em áreas como as energias renováveis e os biocombustíveis --projetos que deverão ser aplicados pelos membros da UE.
Os ministros do Meio Ambiente da Espanha, Cristina Narbona, e de Portugal, Francisco Nunes, anunciaram que a reunião de Lisboa será um marco para uma análise européia da gestão das secas.
Narbona afirmou que a iniciativa segue os acordos firmados pelos dois países ibéricos em matéria de gestão de água devido às bacias fluviais compartilhadas por Espanha e Portugal.
Os ministros da UE também trabalharão para que as empresas européias respeitem a biodiversidade, de modo que se conciliem as necessidades do mercado a curto prazo com a sustentabilidade.
Outras propostas que a presidência portuguesa levará à reunião são uma adequada qualidade do ar e do meio marinho e a necessidade de incluir as atividades de aviação comercial nas metas de emissão de gases.
Também serão abordadas as atuais políticas da UE de ordenação do território e desenvolvimento regional.

Texto original : Khronopedia

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Dia da Água

Você deve estar se perguntando: "Dia da Água ???". Eu sei que não é dia da água, pelo menos não oficialmente, afinal, todo o dia é dia da água. Você já notou que todo mundo só se lembra de cuidar da água no dia 22 de março? Pois é. Confesso que faço a mesma coisa. Mas hoje estava pesquisando sobre a água e vi esta imagem:

Você deve estar pensando: "É claro que eu sei cuidar da água!". Eu também sei. Mas de que adianta saber e não fazer ? Acho que a resposta é nada. O texto a seguir foi retirado da matéria Água: Serpente de Prata. Leia e reflita sobre o assunto:

A importância da água

O que sempre aprendemos desde crianças, é que temos que preservar as matas, a preocupação maior sempre foi voltada às árvores... Sim, a árvore tem fundamental importância, mas o que tem importância para o crescimento desta? É... A água... Questão um tanto esquecida comparado à sua importância... Vamos olhar mais as coisas por este ângulo, faça sua parte e mais, convença outras pessoas a fazerem suas partes. É só reparar no seu dia-a-dia, há várias formas de contribuição! Este vídeo, relata um pouco isso, veja, vale a pena!


quarta-feira, 9 de julho de 2008

Poluição das Águas

Poluição das Águas


A quantidade de água potável também esta diminuindo drasticamente com o aumento da criação animal, precisamente no momento que os analistas chamam a atenção para o problema da escassez de água – possivelmente o problema ambiental número um deste novo século. Para produzir ½ kg de carne são necessários 9.463 litros de água, ao passo que para produzir a mesma quantidade de trigo, apenas 94 litros são utilizados.

Se o Brasil não tivesse água em abundância e fosse cobrado o valor pela água usada durante o processo de obtenção da carne, igual ao que acontece em outros paises, um quilo de carne custaria por volta de R$ 130,00.

Além disso, a indústria da carne polui a água mais do que todas as indústrias de outros ramos juntas, uma vez que os animais criados para abate produzem 130 vezes mais excrementos do que a população humana inteira. Para se ter uma idéia, um abatedouro suíno típico gera excrementos equivalentes a uma cidade com 12.000 habitantes.



Já se verificaram várias cenas pelo mundo, de desastres ecológicos em lagos e rios, onde milhares de peixes morrem e ficam boiando e apodrecendo na superfície.



Sem falar nos curtumes, que ao prepararem o couro para vestuários, derramam na natureza substâncias altamente tóxicas que podem além de contaminar rios e lagos, atingir os lençóis freáticos.



Você já ouviu falar do Aqüífero do Guarani? Uma reserva de água sob nosso solo, uma grande riqueza para a vida no planeta, pode estar neste momento sendo contaminada sem percebermos.

A criação industrial de animais de abate usa 10 vezes mais água do que a usada para irrigação de legumes e cereais.

As águas pluviais altamente contaminadas vindas dos locais de criação e do esgoto dos matadouros são enormes fontes de poluição dos rios e córregos.



Rapidamente está se tornando aparente que os recursos de água doce deste planeta não só estão ficando contaminados, mas também estão se esgotando, e a indústria da carne é particularmente responsável por esta estupidez.

O paradoxo da água

Setenta por cento da superfície do planeta é coberta por água – mas só 1% de todo esse enorme reservatório é próprio para o consumo do homem. O desafio é evitar a poluição, o desperdício e distribuir melhor esses recursos hídricos.

Uma das visões mais espetaculares do século passado foi a primeira imagem da Terra feita do espaço, na década de 60: uma gigantesca massa azul, com 70% de sua superfície coberta por água. Neste início de século, uma preocupação recorrente – e justificada – é a de que a água, tão abundante, se torne paradoxalmente cada vez mais escassa para uso humano.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Kofi Annan, decretou os anos que vão de 2005 a 2015 como a Década da Água. O objetivo é que nesse prazo se reduza à metade o número de pessoas sem acesso a água encanada, cifra que ultrapassa 2 bilhões de pessoas. Mantidos os atuais níveis de consumo, estima-se que em 2050 dois quartos da humanidade viverão em regiões premidas pela falta crônica de recursos hídricos de qualidade.

É um dado gravíssimo quando se leva em consideração que 60% das doenças conhecidas estão relacionadas de alguma forma com a escassez de água. Como isso é possível em um planeta com tantos recursos hídricos? O problema pode ser equacionado em dois termos: má distribuição e má gestão. O primeiro se deve à própria natureza, o segundo é culpa do homem. A água é realmente a substância mais comum na Terra. No entanto, 97% dela está nos mares, sendo assim imprópria para o uso agrícola e industrial e para o consumo humano. Outros 2% estão nas calotas polares, em forma de gelo ou neve. Resta, assim, apenas 1% de água doce, aquela disponível nos rios, lagos e lençóis freáticos. Essa água é extremamente mal distribuída. Países como o Canadá e a Finlândia têm muito mais do que precisam, enquanto o Oriente Médio praticamente nada tem.

O Brasil, dono da maior reserva hídrica do mundo – 13,7% da disponibilidade de água doce do planeta –, expressa internamente esse paradoxo. Dois terços da água estão concentrados na região com menor densidade populacional, a Amazônia. Isso significa que um brasileiro de Roraima tem 1 000 vezes mais água à disposição do que um conterrâneo que vive no interior de Pernambuco. A água é pesada e difícil de transportar. Levá-la de um lugar a outro tem sido o grande desafio dos seres humanos desde o tempo dos romanos, que construíam aquedutos por toda parte. O segundo problema relativo à água é a má gestão – e, nessa área, há outro paradoxo. Mesmo sendo essencial para a economia, a água sempre foi dada de graça. Até recentemente, nem os industriais nem os agricultores, para não falar dos consumidores domésticos, pagavam pela água, apenas pelo serviço de distribuição. É claro que, aplicando-se à risca o princípio econômico segundo o qual não existe almoço grátis, esse raciocínio não se sustenta.

No fundo, toda a sociedade paga quando o governo subsidia empresas estatais para que tratem a água que um empresário vai usar em sua fábrica, ou quando constrói uma barragem para que um rio seja colocado à disposição dos lavradores para a irrigação. Quando não se paga pelo que se consome, o resultado inevitável é o desperdício. Por isso, quando se fala em solucionar os problemas da água no mundo, uma palavra surge como um mantra: precificação. Significa que o governo, que é o dono em última análise dos mananciais naturais de um país, deve cobrar pelos recursos hídricos consumidos por seus cidadãos, revertendo o dinheiro para a cobertura dos custos de tratamento da água e preservação dos ecossistemas ligados a ela.

Isso já ocorre em países como França e Alemanha, considerados exemplares na gestão de água. No procedimento mais utilizado, o empresário ou o agricultor paga duas vezes: pela água em si e pela licença para jogar os resíduos nos rios. Com isso, ele é incentivado a gastar pouco e a tratar ele próprio a água antes de devolvê-la à natureza. "Cobrar pela água é muito mais eficaz do que estabelecer milhares de leis de preservação, quando se sabe que o Estado não vai ter como contratar gente para fiscalizar e cobrar multas", diz Benedito Braga, diretor da Agência Nacional de Águas, criada em 1997. A agência iniciou um projeto piloto de cobrança da água no Rio Paraíba do Sul, compartilhado pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Foram arrecadados lá cerca de 6 milhões de reais, os quais serão reinvestidos em estações de tratamento em doze cidades.

No futuro, os consumidores domésticos também terão de repartir a conta da água com empresários e agricultores, ainda que respondam por apenas 10% do gasto de água doce no mundo. Afinal, são os esgotos não tratados os principais responsáveis pela poluição dos rios, principalmente os das grandes metrópoles. O problema só será resolvido quando se começar a cobrar pela água em si, não apenas por seu abastecimento. Embora a idéia da precificação seja praticamente unânime, existem os que argumentam que ela tornaria a água mais cara para quem mais precisa dela: a população mais pobre. Existem várias maneiras de evitar que isso ocorra. Na África do Sul foi estabelecido um consumo máximo por pessoa – apenas acima disso se cobra pela água. A verdade é que o que sai caro, para a população pobre, é não ter água. Nos países onde a carência é dramática, são as mulheres as encarregadas de ir até o rio mais próximo com um vaso na cabeça – e, como ele freqüentemente fica a quilômetros de distância, às vezes se perde o dia inteiro nessa empreitada.

Há pelo menos três mitos sobre a questão da água, magnificados pela grita dos ambientalistas radicais mas que não condizem com a realidade. O primeiro reza que a água do planeta estaria acabando. Não é verdade. A água é um recurso infinitamente renovável, já que, em seu ciclo, ela cai das nuvens em forma de chuva, fertiliza a terra, vai para o mar pelos rios e evapora de volta às nuvens, novamente como água doce.

O segundo diz que o consumo doméstico desmedido estaria acabando com a água do planeta. Trata-se de outro exagero. Apenas um décimo da água potável disponível é gasto para que os homens cozinhem, lavem roupa e façam a higiene pessoal, enquanto 70% são alocados para a irrigação agrícola – esta, sim, a grande vilã do desperdício.

O terceiro mito, derivado desse, é o de que os recursos hídricos vão acabar porque, quanto mais o mundo se desenvolve, mais ele precisa de alimentos e, conseqüentemente, de água. Também não é exato. A modernização das técnicas agrícolas vem fazendo com que caia o consumo de água. De acordo com uma estimativa do Pacific Institute, um dos mais respeitados centros de estudos mundiais sobre o assunto, o consumo total de água nos Estados Unidos era de 600 quilômetros cúbicos por ano na década de 80. Hoje está em menos de 500. A queda se deve também à economia na indústria e no consumo doméstico.

Nas fábricas, nos anos 30, gastavam-se em média 200 toneladas de água para obter 1 tonelada de aço. Hoje, usando-se os métodos modernos, esse consumo caiu para 3 toneladas. Nas casas, por exemplo, a quantidade média de água utilizada nas descargas dos banheiros caiu para um quarto do que era há vinte anos. O verdadeiro dilema é conseguir que, com uma população mundial em constante crescimento, os recursos sejam mais bem distribuídos e que sua qualidade seja mantida. A história ensina que o ser humano administra melhor aquilo que é tratado como bem econômico. A água, que está na base de todas as cadeias produtivas, faz jus a esse tratamento.

Veja outros exemplos das conseqüências da poluição da água: